Quando a bailarina recebe a luz do luar
Madrugada silenciosa:
De uma fresta na cortina de seda,
Um tênue raio de luar
Ilumina o porta-joias
E a bailarina imóvel...
Aos poucos, ela desperta
Sorri, ajeita os cabelos
E o vestido de tule azul,
Movimentando-se com delicadeza,
Desce do seu pedestal
E senta-se no veludo vermelho,
Num canto do porta-joias
E acaricia o colar de pérolas,
Sentindo o suave aroma de rosa,
Que o envolve,
E depois, segura em suas mãos o anel,
Com a borboleta cintilante cor-de-rosa
E um dos brincos de joaninha,
Curiosa, ela pensa em voar
Deixar-se levar em suas asas...
O tênue raio de luar que atento a observa,
Apaixonado, a convida
Para voar em direção à Lua...