Deixe...
Deixe eu recolher minhas alegrias..
O canto vazio que fica..
Deixe eu tirar do corpo..
esta jaqueta tão fria...
Deixe que eu durma..
para que tu dê às costas...
Para que a tí eu não diga..
O quanto a noite é sombria...
Deixe..que as cortinas se fechem..
E que eu não veja a réstia..
do nascer o dia...
Deixe..que eu não te impeça..
E nem lhe diga..palavra alguma..
Que a ti suponha..a grande agonia...
Deixe..fico com meus Códigos..
Meus livros..
meu lar noturno..
Coisas de pouca valia...
Deixe..uma trilha..
para o acaso..
Um qualquer meio..
sem planos...
Num universo sem tamanho..
Quem sabe..
o meu olhar..o teu..
Encontraria...
Deixe...
Dorothy Carvalho
Gyn, 22..04..2017