QUANDO EU RIO, VOCÊ MAR
já fui riacho,
descendo morro abaixo,
me afogando nas mágoas,
hoje,
são fundas e profundas minhas águas,
que descem calmamente,
contornando montanhas
e adormecendo suave nas planuras,
em busca do mar.
Hoje,
sou doce nas margens,
matando sede dos que me amam,
mas afogo no meio fundo
quem, por qualquer segundo,
ousar me atravessar!