Convulsões
Para minha bela donzela
Adentrando profundamente
Sua centrípeta sensibilidade;
Beijando, amiúde, os antros de onde vazam
Cálidas texturas em umidade.
Espero desvendar os mistérios da luxúria
Que se escondem ainda intocados
Na sublimação
De desejos não revelados.
Com um aperto firme no pescoço,
Reduzindo-lhe o fôlego,
Você se esperneia em desespero
Almejando o gozo sôfrego.
E a pele eriçada, no ritmo da respiração,
Destila fluido cristalino,
Na medida em que vai perdendo os sentidos
Num extasiante desatino.
(2017)