Hoje, parei, fiquei na janela,
Fiquei pensando...
O que fiz da minha vida?
Tempo todo trabalhando...
Tantos homens apareceram,
Interessantes, sedutores,
Mas me recusei a todos,
Músicos, jogadores, doutores...
Talvez porque um dia
Me machuquei, me feri,
Me acovardei da vida,
E a solidão recolhi.
Relaxei, tranquei o sorriso,
Não me permiti viver...
E agora olho pela janela...
O que da minha vida fui fazer?
E o arrependimento me consome,
Mas o tempo passa aqui e agora...
Joguei fora oportunidades,
Será que tenho tempo, tenho hora?
Não... o tempo passou,
Ninguém mais vai me querer,
E a culpa é daquele,
Que me fez sofrer!
Não, a culpa não é dele!
A culpa é minha Ter morrido...
Não posso mandar no coração,
Sei que ele também deve Ter sofrido.
Não Ter culpa por não Ter conseguido
Do meu jeito me amar...
A culpa foi minha,
De Ter a vida para minha companhia matar.
A culpada sou eu,
De Ter me acovardado, de Ter me escondido,
Fui covarde e injusta,
Quantos anos ficou corroído.
E agora pela janela, olho o mundo,
Nada parou, eu que fui parar,
Parei no tempo, tendo pena,
De mim mesma... aos poucos me matar!
Como fui cruel comigo,
E com quem queria tentar,
Neguei-me a todos,
E todos queriam tão somente me amar!
Mas fiquei tão preocupada,
Sentindo pena do meu eu!
Fui cega, tola, imatura,
Que faço? ressuscitar o que morreu!
Lentamente fecho a janela,
E a escuridão me conduz,
Vejo tudo negro,
Mesmo acesa a luz!
Vou me deitar, e forças encontrar,
Amanhã ao abrir as janelas Ter que mudar,
Meu futuro, meu viver,
Vida, eu preciso te aprender!
Fecho os olhos, boa noite!
Pesadelos esta noite não vou Ter... é o fim...
Terei bons sonhos,
Vou amar e valorizar mais a mim!
(Obrigada pela visita... Deixe teu comentário, ok? Beijos de Luciana Mandarino)
Para meu grande amor, que um dia não soube valorizar e deixei partir, e como tudo acontece, ele me esqueceu... Um dia quem sabe irei reencontrar e poder enfima descansar... Amo-te meu eterno Neco.