POR ACASO

E se por acaso, eu não te encontrar

Envelhecido, sentado eu na esquina

Do tempo, com um disperso tal olhar

Poetando mesmices pra dar propina

A ilusão, por não contigo assim estar

No coração, na emoção e na paixão...

E se por acaso neste exato momento

Perceber que rápido passou e, então

Palpitar saudade sem ter um fomento

De esperança, que acredite na razão

Do ainda é possível ter tal sentimento

E que não seja só uma mera presunção

E sim, o que importa, ter no argumento

Da vida, valia com total determinação.

Se por acaso...

Não advir, tentei e, despido será o contento.

© Luciano Spagnol

poeta do cerrado

Março de 2017

Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 21/03/2017
Reeditado em 29/10/2019
Código do texto: T5947373
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