Do que sou e do que quero – desejos
Quem me dera com o mesmo sorriso inocente outrora
Iniciado viagem fantasiada resumisse o presente, o agora.
Se eu soubesse que aquela ansiedade em dias anteriores
Resumiria meus sábados, domingos e segundas a noite.
E que todas aquelas emoções me seguiriam qual afã,
E quando não uma, outra. E quando não outra, esta.
E seriam meus versos novos, mais brilhantes ou atuais.
Melhor meu sexo, mais confiante e delicado meu ventre.
Dos desvairos, dos ciúmes, de toda a dor de não ter,
Daquele fel de não pertencer e a angustia de não sentir.
Da tentativa louca e desenfreada buscando ter prazer,
Sofreguidão cru e vazio buscando o gozo e sentindo choro.
Quem me dera unir qual colcha de retalhos tudo que é bom
A barba mal feita à voz e violão. Felicidade do abraço, corpo,
Às brincadeiras qual irmão. Inteligência extrema à boa piada.
O me quer pra sempre à incerteza que analisa meus defeitos...
Seria eu a mais feliz menina e mais vulgar mulher só sua!
Seria eu dama fiel e alegre, eu, felina e voraz pela casa nua.
Seria? Sim, seria! Que mais pode quer o amor quando é fato?
Que mais posso querer eu menina, que este amor nefasto?
28/02/2017 p.m