Valha-me, Poeta!
Um amor antigo ressurge de repente
A lembrança dos encontros íntimos
Amadurecemos mais um pouco, apesa de…
Mas o medo de errar de novo, ronda
Encontro-me sob o jugo dessa crueldade,
posto que o amor é um tirano dos corações.
Então eis o dilema: mergulhar de cabeça e,
reviver os ardores dessa paixão ou,
continuar vivendo amargurado?
Pessoa salienta que o poeta deve compor,
sobre um amor irreal, imaginário, porquanto,
se sabressai a verossimilhança,
onde haja mais razão e coerência.
Ó Poeta, de honor e lume!
Esse amor que na tua solidão jamais sentiste,
Sinto-o na alma e na carne.
Meu amor é real.
E o impulso de possuí-la me tortura,
deliberadamente.
O mesmo ímpeto de outrora me devora,
delirantemente
Na ânsia de tê-la novamente em meus braços.
Edir Araujo, poeta e escritor.
Este poema é parte da coletânea Gritos e Gemidos, pág. 56.
Registro ISBN 978-85-913565-3-9
Composto em 21 de setembro de 2015.