Contraste e explicação

Ao olhar em meus olhos, peço em silêncio que diga-me puras palavras.

Para que não comprometesse o perfume da flor, intervi com braço forte toda e qualquer preponderância.

Sinto saudades dos sonhos que sonhara no outono, e tudo o que cantei, hoje já não possui coerência, as águas do mar não cantam mais aquela canção que faz brotar e expandir aquela emoção.

Não temerei mal algum diante da hesitação, apenas caminharei pelas ruas nos dias de chuva, e verei o quanto brilha o meu caminho.

O meu corpo agora esta umedecido de vida, e no doce e tímido pulsar do coração, percorre de forma perene todos os anseios.

Então olhe para os meus olhos negros e os faça chover, como quem quisera realizar tal proposito.

Contemple então as mais belas e variadas formas de expressão e falarei-te com pudor e de forma desordenada que o meu nada implica possibilidades.

Diante da hesitação nada temerei, pois nos dias de chuva, com meu vestido delicado, estampado com tons e acordes vibrantes aderido a um corpo quente e cauteloso, desfilarei no meio-fio em meio termo, como quem procura a resposta do que se deve perguntar, e no final disso tudo, você segurará em minha mão?

M.Laís

Morgana Laís
Enviado por Morgana Laís em 20/01/2017
Reeditado em 01/04/2023
Código do texto: T5887766
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