Contraste e explicação
Ao olhar em meus olhos, peço em silêncio que diga-me puras palavras.
Para que não comprometesse o perfume da flor, intervi com braço forte toda e qualquer preponderância.
Sinto saudades dos sonhos que sonhara no outono, e tudo o que cantei, hoje já não possui coerência, as águas do mar não cantam mais aquela canção que faz brotar e expandir aquela emoção.
Não temerei mal algum diante da hesitação, apenas caminharei pelas ruas nos dias de chuva, e verei o quanto brilha o meu caminho.
O meu corpo agora esta umedecido de vida, e no doce e tímido pulsar do coração, percorre de forma perene todos os anseios.
Então olhe para os meus olhos negros e os faça chover, como quem quisera realizar tal proposito.
Contemple então as mais belas e variadas formas de expressão e falarei-te com pudor e de forma desordenada que o meu nada implica possibilidades.
Diante da hesitação nada temerei, pois nos dias de chuva, com meu vestido delicado, estampado com tons e acordes vibrantes aderido a um corpo quente e cauteloso, desfilarei no meio-fio em meio termo, como quem procura a resposta do que se deve perguntar, e no final disso tudo, você segurará em minha mão?
M.Laís