MEU CÁLICE

Maria de Fatima Delfina de Moraes

É madrugada!
O frio nos convida
para um cálice de vinho,
nos desperta um carinho.
 
O calor da lareira,
nos recorda o conforto,
no aconchego dos corpos.
 
Meu olhar no teu, é ternura.
Meu abraço, é o teu convite.
Meus beijos, em teus lábios, o teu desejo.
 
Sou a centelha que incendeia por inteiro.
 
Minhas mãos são malícias 
que te inflamam o corpo
e despertam carícias.
 
Na penumbra, em teu quarto,
descanso em teu colo,
em teu abraço.
 
És meu cálice, e eu, teu vinho.
 
Na madrugada, à meia-luz em neon, 
num instante, somos soneto reflexo 
no cálice de vinho – um amor-perfeito, 
é quando somos um só corpo,
unidos numa só viagem.

 
Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 20/01/2017
Código do texto: T5887398
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