MEU CÁLICE
Maria de Fatima Delfina de Moraes
É madrugada!
O frio nos convida
para um cálice de vinho,
nos desperta um carinho.
O calor da lareira,
nos recorda o conforto,
no aconchego dos corpos.
Meu olhar no teu, é ternura.
Meu abraço, é o teu convite.
Meus beijos, em teus lábios, o teu desejo.
Sou a centelha que incendeia por inteiro.
Minhas mãos são malícias
que te inflamam o corpo
e despertam carícias.
Na penumbra, em teu quarto,
descanso em teu colo,
em teu abraço.
És meu cálice, e eu, teu vinho.
Na madrugada, à meia-luz em neon,
num instante, somos soneto reflexo
no cálice de vinho – um amor-perfeito,
é quando somos um só corpo,
unidos numa só viagem.