Nosso dialeto

Possuimos rimas em conssonância,

Que nos tangenciam apesar de toda distância.

Verbos suaves formatam textos lúdicos,

Fugimos do óbvio da mesmices dos seres púdicos.

Um quinhão de minha essência decifra suas formas,

Vou me enviando por e-mail em pequenas letras mornas.

Sinto seu cheiro nos textos que me seduzem,

Tão dono do meu universo, no teclado seus dedos me traduzem.

Somos íntimos e indivisíveis,

O amor nos possuiu, por sermos extremamamente sensíveis.

Com você, meu céu durante o dia está de estrelas repleto,

Vou me enroscando nas sensações líbidicas de nosso dialeto.

E quando a temperatura sobe me deixando tonta,

Sinto sua resposta imediata, nada nos separa quando estou pronta.

Venha ler-me meu poeta, traduzir.

Venha, me tocar com sua perícia de me seduzir.

Quero ser este ser tão completo,

Que com você aprendeu fazer amor em um dialeto.

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 01/08/2007
Código do texto: T588070