AQUELA QUE EU AMO NÃO EXISTE
Aquela que eu amo não existe,
Aparece a meio da noite em sonhos,
Deixa-me deveras triste,
São pesadelos longos e medonhos.
Chegam-me seus perfumes, seus odores,
Fico inebriado de amores,
Só sei que ela aparece mas não existe,
A sua presença subsiste.
Como é possível eu amar o que não vejo,
Será obsessão, será doença?
Não encontro nisso nenhuma explicação.
É para mim muita confusão,
Aquela que eu amo não existe, é verdade,
Tento dar-lhe alguma vida,
Ela não deixa que a conheça, é esquiva,
Será sempre uma desconhecida.
Sina minha, tormento o meu, sem conclusão,
É a minha eterna condenação,
Amar alguém que imagino ver e não consigo,
Será o meu maior castigo.
Ruy Serrano - 12.01.2017