CANA CAIANA
Ela era adocicada como um Alfenim
que inebria as crianças e adoça
os caminhantes amargos da vida
sem fim!
Seus olhos, como a noite sem lua
falavam de alegria e ternura!
Longos , seus cabelos negros, desciam
até a delicada e fina cintura
e sua pele sedosa e branca, envolvia,
com graça seu corpo em harmonia!
Num dia em que tudo lhe parecia
felicidade e paz, a vida lhe abraçou
de tal forma rude, que se espedaçou
aquele Alfenim e seus açucares
se desfizeram em gotas aos milhares!
Das choupanas,
todos puderam ver, assim nascer
de uma terra insana,
muitos pés de Cana Caiana!
Eugênia L.Gaio-06/01/2017