ATROZ
Eu não te entrego esta carta
Esta poesia morta
Mesmo que o meu coração se parta
Não existe mais nada que me conforta...
Eu não te entrego estes versos escritos
Que um dia a ti dediquei
Inspiração de um amor tão bonito
Que no infinito um dia busquei...
Eu não te entrego nada do que escrevi
Dos momentos que com você vivi
E que alimentou o nosso sentimento
Não, não lamento...
Eu não te entrego nenhuma palavra inspirada
Nada que por construí por você
Nem lembro dos nossos passos, da estrada
Dos nossos eternos momentos de prazer...
Não entrego nada que nos pertenceu
Porque hoje não existe mais nós
Tudo que era nosso se perdeu
No ocaso, na escuridão, por este teu ato atroz!