Meu Menino...
Não sei , se me surpreende,
o teu olhar de menino,
ou teu jeito inocente,
de brincar com meus sorrisos,
de dançar nas minhas pernas,
e tomar, sem dó, nem trégua,
com o olhar, os meus desejos...
E este teu jeito dengoso,
traga o corpo com malícia,
faz bailado sobre a cama,
deixa visgo no lençol...
Traz na noite a fome louca.
Vem deixar a voz mais rouca,
pelos gritos que misturam,
as palavras e murmúrios,
ao cantar de um rouxinol...
É o amor que arrebata.
Que nos marca qual chibata,
e nos deixa esmaecidos,
um no outro, sem sentidos,
sem palavra e resistência,
tu , meu macho,
e eu , tua fêmea,
no entregar de uma paixão...
Dois amantes, sem algemas,
sem destino, sem carteira,
carregando na bagagem,
só amor e vadiagem.
Só prazer e perdição...