Sedução
Você chega e me atiça.
Faz carinho e vai embora...
Mostra o peito, mostra os pelos,
mostra a boca, (mais gostosa),
tão rosada e tão carnuda,
que me deixa assim, maluca,
desejando ter seu beijo.
E acende aqui por dentro,
o vulcão adormecido,
e não sei mais o que penso,
nem sei mais dos meus sentidos,
pois meu corpo desgoverna,
não atende aos meus pedidos,
e entrega além das pernas,
o que entre elas, é escondido...
Os quadris fazem bailados,
donos próprios dos compassos,
desprezando as partituras...
Vão aos poucos ritmando,
o que o corpo vai mostrando,
de um desejo compulsivo...
As palavras sussurrando,
entre toques e gemidos,
que a censura, intimidam...
Onde tudo é permitido,
se o caminho é a paixão,
e onde tudo se completa,
mão carente e forma ereta,
dedilhando a sedução...
Um delírio sem limite,
que os lençóis não admitem,
que alguém possa esconder...
Fraca luz, rasga a janela,
faz penumbra sobre a cama,
treme o corpo, sem querer...
Pele branca como a lua,
e eu ali, deitada e nua,
esperando por você...