Sedução

Você chega e me atiça.

Faz carinho e vai embora...

Mostra o peito, mostra os pelos,

mostra a boca, (mais gostosa),

tão rosada e tão carnuda,

que me deixa assim, maluca,

desejando ter seu beijo.

E acende aqui por dentro,

o vulcão adormecido,

e não sei mais o que penso,

nem sei mais dos meus sentidos,

pois meu corpo desgoverna,

não atende aos meus pedidos,

e entrega além das pernas,

o que entre elas, é escondido...

Os quadris fazem bailados,

donos próprios dos compassos,

desprezando as partituras...

Vão aos poucos ritmando,

o que o corpo vai mostrando,

de um desejo compulsivo...

As palavras sussurrando,

entre toques e gemidos,

que a censura, intimidam...

Onde tudo é permitido,

se o caminho é a paixão,

e onde tudo se completa,

mão carente e forma ereta,

dedilhando a sedução...

Um delírio sem limite,

que os lençóis não admitem,

que alguém possa esconder...

Fraca luz, rasga a janela,

faz penumbra sobre a cama,

treme o corpo, sem querer...

Pele branca como a lua,

e eu ali, deitada e nua,

esperando por você...

Day Moraes
Enviado por Day Moraes em 10/10/2005
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