Quem sabe um dia...
Quem sabe,
talvez eu precise,
entender que este dia,
nasceu sem querer.
Ou quem sabe, o silêncio,
entre formas e ventos,
afagando meu rosto,
revelem você?
Quem sabe,
também não esqueça,
que o mar sussurrando,
escondeu nossa dor?
Ou quem sabe a lembrança,
de coisas tão minhas,
devolva na paz,
todo nosso querer...
Talvez,
tanta coisa aconteça,
e o instante adormeça,
a razão e o porque.
Ou quem sabe um disfarce,
a despir nossa face,
dos pudores e medos,
nos permita viver.
Perdidos,
no encontro das horas,
borbulhando a Aurora,
nos invada e então...
Ao dormirmos na estrela,
nos amando, em sonhos,
acordemos risonhos,
nus, a nos pertencer...