Uma bela moça
Uma bela moça
Que amava os números
Neles viajavas
Pra ela qualquer dígito
À fascinava
Tudo pra ela era exata
Muito inteligente linda
Sábia aquelala moça
Era inocente
Tinha interesse por coisas
Que à vida releva
Em tais operações
De tempo em tempo
Se graduaras
Mas somas que ela se interessa
Mais nas curvas da vida
Essa estrada sofrida
Encontrou o cupido
Anjo danado
Vesgo distrenado
Parece inapto ao próprio
Serviço
Não acerta uma flexacha
No coração daquele
À quem à bela moça
Por ventura encantava-se
Por mais cálculos
Ela faça o danado
De atrapalhado não passará
Uma bela moça
Tão jovem sabia
Foi mexer com à arte do coração
Esse tal de amor
Coisa que os poetas
Inflamam em versos
É os amantes conhecem
À dor
Quem vem com promessas
De alegrias
Tenha cuidado com
À tal ciência do amor
Pois não existe cálculos
Teorias teoremas raiz de qualquer
Natureza
Não existe número real
Que te encanta
Nesse tal amor 1+1
às vezes nem sempre
Resulta em amor
É nessa estrada
Jovem moça
Coleciona algumas
Desilusões amorosas
Que impacta grande espaço
No seu nobre coração
Te deixo uma resalva
Levanta tua cabeça
Olha ao horizonte
Pois se tu perderas o amor
Sorria como és ingênua
Foi atendida tuas orações
Não te lembras todas às noites
Quando de joelhos
Olhavas ao céus
Agradecia e pedia
Deus livra me do mal
Amém
Atendida foram tuas preces
Pois os céus sabem o teu valor...
Ricardo do Lago Matos