Uma bela moça

Uma bela moça

Que amava os números

Neles viajavas

Pra ela qualquer dígito

À fascinava

Tudo pra ela era exata

Muito inteligente linda

Sábia aquelala moça

Era inocente

Tinha interesse por coisas

Que à vida releva

Em tais operações

De tempo em tempo

Se graduaras

Mas somas que ela se interessa

Mais nas curvas da vida

Essa estrada sofrida

Encontrou o cupido

Anjo danado

Vesgo distrenado

Parece inapto ao próprio

Serviço

Não acerta uma flexacha

No coração daquele

À quem à bela moça

Por ventura encantava-se

Por mais cálculos

Ela faça o danado

De atrapalhado não passará

Uma bela moça

Tão jovem sabia

Foi mexer com à arte do coração

Esse tal de amor

Coisa que os poetas

Inflamam em versos

É os amantes conhecem

À dor

Quem vem com promessas

De alegrias

Tenha cuidado com

À tal ciência do amor

Pois não existe cálculos

Teorias teoremas raiz de qualquer

Natureza

Não existe número real

Que te encanta

Nesse tal amor 1+1

às vezes nem sempre

Resulta em amor

É nessa estrada

Jovem moça

Coleciona algumas

Desilusões amorosas

Que impacta grande espaço

No seu nobre coração

Te deixo uma resalva

Levanta tua cabeça

Olha ao horizonte

Pois se tu perderas o amor

Sorria como és ingênua

Foi atendida tuas orações

Não te lembras todas às noites

Quando de joelhos

Olhavas ao céus

Agradecia e pedia

Deus livra me do mal

Amém

Atendida foram tuas preces

Pois os céus sabem o teu valor...

Ricardo do Lago Matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 08/11/2016
Reeditado em 31/03/2017
Código do texto: T5816699
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