RECONCILIAÇÃO:
Reconciliação:
A noite está fria.
Eu sinto frio, na rua caminho.
Sob a garoa gelada que cai.
Molha meu rosto, meu corpo.
Que torpe, continua a caminhar.
Para uma porta a minha frente.
A luz tremula, em frente me chama.
Diz-me que eu devo entrar, então paro.
A meditar, por alguns minutos fico.
De repente a porta se abre, ela está lá.
Parada, não me vê, a esquina me encobre.
Dou um passo à frente, na esperança.
Que ela sinta a minha presença, me veja.
Ela dá um passo, vem em minha direção.
De repente, ela me vê, ali parado, molhado.
Caminha para mim, se joga em meus braços.
Seus lábios me oferece, eu os beijo.
Dá-me sua mão, num gesto mudo convida.
Para que eu vá com ela, até sua porta.
Caminhamos juntos, em silencio sob a garoa.
Paramos a porta, ela me convidou para entrar.
Com os olhos me pedia, que a perdoasse.
Com os olhos eu lhe dizia, que a perdoava.
Nós dois queríamos, a reconciliação!