Candura

Às horas tacitas

Os ponteiros mortos

Todo caminho esguio

Os passos miúdos

Nasce o tempo futuro

Dos dias impuros

Nova, branca, alva e lisa

Teu rosto de carne e riso

A hora para, o ponteiro geme

Mas o tempo caminha

Ríspido ao abismo

Em teu caminho primeiro

Em teu seio pequeno

Em teu riso

Nasce tudo isso

Victor Leonardo
Enviado por Victor Leonardo em 04/11/2016
Código do texto: T5813041
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