Proesia ( Um sorriso na madrugada)

Sempre me perguntei se existia amor impossível, até que um dia da sacada de um hotel eu vi a lua...e o mar. Tão diferentes, tão distantes, exibem um romance de portas escancaradas, ela lá em cima, ele debaixo consegue a beijar. Sem toques, ele grita desesperadamente, até que chora, e a maré sobe.

Qual o dom que ela tem pra fazer noite escura clarear?

Qual o segredo da menina que faz distância rimar?

Ele perguntava intrigado com a situação,

E com as questões iniciava mais uma construção.

E com os olhos brilhando ficava a imaginar,

O dia que poderia sua mão segurar,

Será que é coisa de poeta que gosta de se apaixonar?

Ou é sonho de gente acordada, que sonha pra depois realizar?

E lá no canto dela, de cabelo comprido ela fica a jogar,

Aprendeu de alguma forma levantar poema no ar,

Ele pula, vem quase voando, corta e faz o verso formar.

Partida de vôlei ou de formação de um par?

E o árbitro apitou, disse que assim não podia,

Ela faz falta, e ele poesia,

O destino mandou dizer que não admitia,

Ele sorriu, bateu na mesa e prometeu que um dia com ela encontraria.

Bem, eu nunca fui fã da realidade que nos rodeia, sem magia, sem gosto, sem cor. Eu gosto mesmo é dos filmes românticos, dos livros que apaixonam, dos contos de fada, faz de conta que a gente vive em um, que tal uma fábula? Okay, somos dois peixinhos, vivendo no mesmo rio.