CENTENAS DE MILHAS
Perdido na poeira do tempo
Encontro-me só em pensamento
Regado a uma lágrima que cai chamada saudade...
Trago no peito a minha dor
A triste lembrança do amor
Que dentro do peito ainda arde...
Vou ao sabor do vento
Parece eterno cada momento
Perdido estou em meu olhar...
Assim como no oceano na escuridão o barco navega
Estou no breu, tentando ver aquilo que o amor me cega
Na noite escura da alma sou o barco perdido na imensidão deste mar...
A Deus eu rogo que não me deixe perecer
Que ao atravessar noites e madrugadas, que eu chegue até o amanhecer
Que eu consiga ao menos vislumbrar a terra firme, mesmo que seja em uma ilha...
Que eu encontre a paz e o amor que busco
Que eu possa alcançar o crepúsculo
Pois sinto o cansaço e a dor, como se tivesse navegado, por amor, centenas de milhas!