COMPARAÇÕES
COMPARAÇÕES
Do algo inesperado,
nasceu o confronto, fulguras.
O texto era despreparado,
e foram rígidas as disposições.
Mas vidas dispersas cruzaram caminhos do mesmo destino,
trocaram ensejos daquele momento,
(não foram fotos nem dados contatos marcados)
em suas próprias e íntimas comparações.
Mediram-se entre si,
por olhos sensatos,
vazios e duvidosos,
curiosos e indecisos,
vermelhos e lacrimejantes.
Mas como nunca foram amantes,
divergiram...
e despiram-se em flagrantes.
Taparam suas bocas,
trocaram ofensas mentais,
traçaram limites ao épico,
em díspares composições.
Não gostavam das mesmas músicas,
nem tampouco de literaturas (não liam),
muito menos o 'bon gourmet' (apenas comiam),
e assim persistiam segundos - e indecisões.
Mas, em suas comparações,
como que pesando em balanças distintas,
e contando moedas em barracas de feira,
de um e de outro,
queriam comprar o 'muito' pagando-se 'pouco'.
Buscavam apenas vantagens...
E nesta equação,
cujo equilíbrio jamais será perfeito,
mais uma vez sopesaram defeitos,
- e viram miragens -
anotaram somente os seus respectivos feitos,
grandes, pequenos,
próprios, conjuntos,
e negligenciram os dos outros - alheios.
E no dito-e-feito,
fraco e infâmio,
reto, de pouco uso,
liso, contido e (im)perfeito,
apesar das comparações,
e contradições,
se deram as mãos (meio que ressabiados),
que se encaixaram...
... e hoje seguem maduros,
conceitos conjuntos,
ao que jamais, do incomparável,
planejaram e imaginaram.
COMPARAÇÕES
Do algo inesperado,
nasceu o confronto, fulguras.
O texto era despreparado,
e foram rígidas as disposições.
Mas vidas dispersas cruzaram caminhos do mesmo destino,
trocaram ensejos daquele momento,
(não foram fotos nem dados contatos marcados)
em suas próprias e íntimas comparações.
Mediram-se entre si,
por olhos sensatos,
vazios e duvidosos,
curiosos e indecisos,
vermelhos e lacrimejantes.
Mas como nunca foram amantes,
divergiram...
e despiram-se em flagrantes.
Taparam suas bocas,
trocaram ofensas mentais,
traçaram limites ao épico,
em díspares composições.
Não gostavam das mesmas músicas,
nem tampouco de literaturas (não liam),
muito menos o 'bon gourmet' (apenas comiam),
e assim persistiam segundos - e indecisões.
Mas, em suas comparações,
como que pesando em balanças distintas,
e contando moedas em barracas de feira,
de um e de outro,
queriam comprar o 'muito' pagando-se 'pouco'.
Buscavam apenas vantagens...
E nesta equação,
cujo equilíbrio jamais será perfeito,
mais uma vez sopesaram defeitos,
- e viram miragens -
anotaram somente os seus respectivos feitos,
grandes, pequenos,
próprios, conjuntos,
e negligenciram os dos outros - alheios.
E no dito-e-feito,
fraco e infâmio,
reto, de pouco uso,
liso, contido e (im)perfeito,
apesar das comparações,
e contradições,
se deram as mãos (meio que ressabiados),
que se encaixaram...
... e hoje seguem maduros,
conceitos conjuntos,
ao que jamais, do incomparável,
planejaram e imaginaram.