Sóbrios
Ahh, o amor não existe para os sóbrios...
É preciso estar estar embriagado do desejo de estar
Romper o tempo entre o pensamento e o tocar.
O amor existem para os desavisados,
para os desabrigados de coração,
Para quem se põe a ladrar pela noite,
nos becos escuros da vida e do sentir.
Ah, hoje o amor voltou a morar aqui,
não por ausência ou permanência
mas por ter gravado com dor e sinceridade a minha pele.
Pele essa que se arrepia ao lembrar da tua,
Do corpo que estremece ao sentir teu cheiro
Ao revisitar imagens tuas a passear pela casa.
Hoje volto a chamar-te por amor
pois a dor da dúvida não mais me cabe.
Mas vivê-lo, assim tão embriagados nos assusta,
de fomas diferentes.
Mas aceito a partida, aceito meu chorar
e sobretudo à sobriedade das palavras que ganharam ouvidos.
Hoje meu o amor perdeu pessoas, mas ganhou nome e existência.