O VÍCIO DO AMOR

O VÍCIO DO AMOR

Um emaranhado emocional,
Deu-se pelas bonanças do bem,
E as peripécias do mal.
E fatos concretos que selaram a comunhão de ambos.

Ah, aquele 'sui generis' casal.
Compraram de si, as suas próprias dúvidas.
E ao fim da estória, 'não viveram felizes para sempre'.
Restaram súplicas e sentimentos dormentes.

... sei lá o que (isso já foi dito),
Houve um sincero auspício,
Ela se foi (talvez querendo ficar),
Agradecendo a tudo, 
Mas definindo-se como um vício.

Ainda que o habitual fosse algo regozijado...

... sei lá o que (dito então, novamente),
No peito dele uma leve dor.
Ele ficou meio perdido,
Desconsolado e distraído,
Mas definindo-se ao tempo do seu perdão, como um caso de amor.

Ainda que em prazo determinado...

Então entre eles - jaz de ser - tudo foram pontos regozijados.
Pontos determinados.
Coerentes e carentes.
E os corações ficaram marcados.
Ele, homem. Ela, mulher.
Em conjunto, ambos, mui bem amados.
 
E não houve contradição.
Ficaram pra eles registros na estória.
Entregas e escritas pelas suas próprias mãos.
Direitas, esquerdas,
Hábitos e vontades,
Aos centros concisos da consciência.
E disso extrai-se uma verdade em lição...

Tem-se a nota da vida, com certo louvor:
'o amor é mesmo um vício que alivia a nossa dor'.