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Sei-te perdido no mundo da poesia, embrenhado em tuas letras,  na nuvem branca de teus olhares. 

Espero tranqüila a morte do meu sofrimento, vendo rostos e sonhos que aparecem no final de cada tarde fria.

Aqui onde vivo, no limiar da sanidade, sente-se tudo mas não se sente nada ao sentir o infinito. 

Espero tranqüila o nascimento de uma vã esperança.

Morrem em mim teus suaves e belos dedos, os mesmos que passeaste em meu corpo e escravizaste  minha alma.

Amo-te demais e esse amor proibido corrói-me tudo que sei e sinto.

Sinto que neste amor não há limites, nem certo nem errado.

Acabo assim fundida em ti e perco a noção de mim mesma, de meu Eu.  Sou apenas um traço de teu rosto, um sorriso de teus lábios, um suspiro da tua boca.

 

MIRAH
Enviado por MIRAH em 18/07/2007
Reeditado em 18/07/2007
Código do texto: T569638