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Sei-te perdido no mundo da poesia, embrenhado em tuas letras, na nuvem branca de teus olhares.
Espero tranqüila a morte do meu sofrimento, vendo rostos e sonhos que aparecem no final de cada tarde fria.
Aqui onde vivo, no limiar da sanidade, sente-se tudo mas não se sente nada ao sentir o infinito.
Espero tranqüila o nascimento de uma vã esperança.
Morrem em mim teus suaves e belos dedos, os mesmos que passeaste em meu corpo e escravizaste minha alma.
Amo-te demais e esse amor proibido corrói-me tudo que sei e sinto.
Sinto que neste amor não há limites, nem certo nem errado.
Acabo assim fundida em ti e perco a noção de mim mesma, de meu Eu. Sou apenas um traço de teu rosto, um sorriso de teus lábios, um suspiro da tua boca.