O poeta assim faz
São tantos gritos que ouve
São tantas marcas expostas
São tantos casos sangrentos
Que servem de histórias que inventa
Contudo, com tudo isto
Não chega perto do precipício
Se lá ele for
É só no voo do amor
Na reflexão, na solidão
Que tem esse lado de dor
Até que, quando em pares de asas
Libertem de vez as couraças
Deixem a pureza nas almas
E se joguem no infinito
Sem medo, único abrigo
O céu imenso da paz
O amor assim se faz