Descuido e Poesia
A gente é descuido, é poesia e é silêncio. Aquele silêncio da última noite, aquele silêncio que era muito barulhento, respiração, estalos e suspiros. Aquele silêncio que não dizia nada, mas dizia muita coisa. Aquele silêncio que tinha gosto de beijo contido, de cheiro de pele, de calor de abraço apertado, tão apertado que só podia acabar em suspiro. Aquele silêncio era o descuido, era a poesia, era a felicidade.