Depois da meia noite (Rimas de um treze no meio da vida)

Que eu havia desistido de amar é verdade,

De sentir algo não sentia saudade,

Talvez fosse consequência da maturidade,

Mas aí você vem, fazer esquecer minha idade.

E já que agora sinto quente de novo meu coração,

Não posso me descuidar, perder a razão,

Mas já que foi você que despertou essa inspiração,

Vamos lá, te apresento uma proposição.

Se você enjoar, eu viro palhaço, conto piada,

E se quiser se surpreender, eu até consigo inventar alguma conversa fiada,

Se pensar em chorar, eu te faço cócegas até sair gargalhada,

Só pra ver se meu cupido cumpre a missão, te acerta com uma flechada.

E se nada der certo, eu te apresento uma solução,

A gente se encontra por aí, em um sonho qualquer, faz uma revolução,

Espera passar uma estrela cadente, faz um pedido, com cara de obrigação,

Começa tudo de novo, reinicia a conexão.

E se perguntar se esse poema é pra você,

Eu só rio, sorrio, pergunto:- “Por quê?”,

No final da construção tenho um desafio a fazer,

Será que consegues fazer um jovem poeta ser bom, mesmo sem ele sofrer?