Poema 0475 - Homem de óculos
Quando abrires a porta nada verás mais que amor
e um homem de óculos,
escrevendo as palavras que te faz viajar.
Deixa-me ouvir teus desejos,
quero viver desse amor que me dás,
deixa-me ser teu sonho de perto do seio.
Assim como a poesia que me escondeu,
bem ali atrás da porta,
apenas os óculos ficaram em cima da mesa.
Depois de fazer amor ela nem se mexeu,
entreguei-me ao teu desejo;
vem, me ama no sonho que te colocas em pêlo.
Sem faltar aquelas palavras que um dia sonhaste,
quero assim, faça do meu prazer teu desejo,
vou correr mundo, andar mais que pensamento.
Descrevo-te nos versos que canta meu amor,
irei contigo até...
um lugar que meus óculos não alcancem.
Sem nexo, sem reverso,
sem ao menos falar da tua vida,
até que um dia acredites... te amo!
Saberei que isto é felicidade,
posso até achar que se chama amor,
então peço que fiques no meio do meu peito.
Deixa meus óculos sobre a velha mesa,
depois fecha a porta e fique amor...
aqui dentro de mim.
04/10/2005