Poema dos verdes olhos da amada
As nuvens passam e olham
As naves passam e olham
As estrelas olham e se calam
Temem teu brilho próprio
Cerúleo compondo singelo
Convergente com amarelo
Verdejantes olhos teus
Índigo de força serena
Saudade que marcha suprema
Pelos umbrais sinceros e efêmeros
E a força de te resultante
Brotou feito brado probante
Dos carinhos meus
O teu nome retumbante
Reina em minha plena voz
Mesmo sendo dissonante
Se faz dístico em arroubos
Oh mais bela e singela
Musa das primaveras
Que caem dos olhos teus