POR ENQUANTO!
Um a um os dias continuam passando
como as noites também, só a
bandida da saudade permanece
teimosamente e não quer ir embora.
Gostaria que fosse, que tomasse
um destino incerto e desaparecesse
levando em seu alforje a lembrança
dos bons momentos que vivi...
Por serem tão bons estes momentos ainda gritam
e que a cada segundo maltratam muitos
muito mais que os maus, afinal os nefastos
continuam expostos em minhas cicatrizes.
Quem sabe um dia eu consiga, quando
estiver abraçado ao travesseiro dormindo
a noite toda, quem sabe quando me encontrar
na extensão interminável de minha cama.
Por enquanto me resta ouvir o silêncio
da madrugada, encontrar com o sol
quando desponta no horizonte e aguardar
que aconteça uma irrealizável circunstância do bem...