CANTO A DOR...
canto a dor...
Mãos amofinadas desafinando claves emperradas
Na travas enganos. Som sem eco na tenebrosa noite.
Na garganta rouca a voz murmura, sem nada dizer
Diz qualquer coisa...Agoniza maldita dor amor!
Enleio fluindo a dor surda, aflição denegrida
E muda. Empoeiradas silhuetas de renúncias
Arroteadas trevas. Tingindo a brancura Alba
Abrasando o cerne aquietando angústias...
Canta atmosfera descadenciando à sonata,
Composta em partituras de mirradas pétalas
Silentes. Chorando falsetes abrumando flores,
No copular dos pombos em jasmins pungentes...
Deflorando sol pélago matinal! Braço-de-mar oscula
O ar ,exalando notas aromáticas, valsando vento.
Adocicando o fel de minhas luas uivantes. Canto a dor!
Poema ornado em guirlandas Liz, composto de amor...
Deth Haak
01/10/2005