O Gosto do Amor Imprudente
Não tem jeito
Nosso amor nasceu de um jeito, cravado fundo no peito,
em propícia ocasião.
Sempre foi puro na essência, malgrado a divergência,
de contrária opinião.
Chegou quebrando barreiras, como da riba a cachoeira,
um tsuname de paixão!
Tentou negá-la, eu também, cada qual fez seu esforço,
mas não se esquece o gosto, do amar e querer bem.
Se chegou na hora errada, se arrombou porta fechada,
A imprudente paixão.
Só prova que não há tranca e a razão não espanca
os arroubos do coração.
Você diz que o tempo cura e resolve as agruras da nossa separação.
Que tolice, minha amiga, o tempo corrói a vida
Trazendo a frouxidão do braços,
É melhor aproveitar o momento,
Do que guardar no esquecimento,
o sabor dos teus abraços.
É melhor plantar o desejo com a vil finalidade
de colher no dia a dia,
Da tua boca, um beijo e do teu corpo a ousadia.
Sem falsear a verdade.