ESTREMEÇO
ESTREMEÇO
Pairam sonhos imaginários,
e singulares de todos os tipos,
Vulgares também, por que não?
Mas vulgaridade permitida pelos desejos...
Ah, tudo é então pensamento.
Estremeço ao ver os teus olhos,
Perceber que ao fundo tu olhas pra mim.
Estremeço na comparação.
E ao desejo de combinar-me contigo, imaginação,
Estremeço porque quero encontrar-te, mulher,
Em qualquer canto, donde puder.
Nos encantos do meu (in)fiel coração...
Que sempre busca o permitido, embora pareça impossível.
Porisso a (in)conclusão.
Estremeço as veias,
os pés descansados,
a cabeça-martírio,
A espinha... relato profundo tesão.
Leio-te a fundo, n'alma,
Buscando o desvendo,
E o desfecho de tua cruel, sensata e grau feminilidade.
Mas em verdade, eu não te tenho.
Quimeras. Gracejos. Elogios.
Ganas da impaciência.
Grados do noturno licor.
Líberos laços que em sábios textos nos unem,
Ao menos em poesias, não caio, não tropeço,
Não me vingo de ti (em verdade creio que t'amo),
Então é gratidão (de anjos).
E assim não esmoreço.
Por você?!
Ah... eu já disse,
Mesmo sorrindo quando te vejo,
ou quando me mandas recado,
Sempre, sempre estremeço.