Defeitos Perfeitos
Elas são a desordem desenhada
Em moldes de perfeições distintas
Pintadas em translúcidas tintas
Tornam-se defeitos perfeitos.
São efetivas e reativas nas relações
São sabores entre suas reações
Amargam pelos motivos alheios
Azedam pela acareação dos medos
Carregam o equilíbrio do doce e do sal
Nunca fazem um suficiente mal
E jamais sabem a boca de forma insossa.
Desafiam o paladar e a calma
Graças a essa virtuosa essência
Cada uma tem uma misteriosa alma
Sempre são defeitos perfeitos
Na razão dos pares de efeitos
No romance daqueles suspeitos
Quem amam como se já não tivesse jeito
De contemplar a natureza desse paradoxo.