Iluminação Minha
Tão sagrada é tua sinceridade em riste
Diante da respiração que me absolveu
Na torpeza desta minha conduta triste
Que a luz do dia, em mim, se comoveu.
Um dano que se encontra permanente
Na intermitência da felicidade que viste
O Sol que és, tomado da minha mente
No refúgio do conforto que tu partiste.
Grandioso era o silêncio que desenrolava
A lorpice não vence e o amor não degenera
Toda a magnificência da distância ditava
O desejo da batalha de reconquistar a fera.
Morria todas as noites na rude viagem
Que fazia para rever minhas imperfeições
Presenciando a aridez em cada passagem
E compreender o id de todas as rejeições.
Urge que a palavra tome o lugar da dor
Respeite a transitoriedade do sofrimento
Acalma-se a alma com o sopro sonhador
Para que consiga a dissolução do lamento.
Ante a alma arquitetônica do orbe astral
O peito estruge a celebração do repousar
Quem ama entrega-se de forma mortal
A feral consciência está em saber ousar.
Na reflexão eu digo com provas de gosto
Não pude conhecer essência mais gentil
A constância em tatear cada área do rosto
Singeleza que o mundo ainda não viu.
Minha memória sofre febre inconsequente
Como lidar com o obscurantismo do mal
Na sintonia fina do amor mais que ardente
E mostrou felicidade maior que um sinal.
Espero poder ter aprendido nesta existência,
amar demonstra que o sentimento refletia
a certeza que o coração emana em excelência
Que esta terna metade por você tudo sentia.
Necessito-te dizer: És dominação aterradora
Você acorda em mim uma besta que dorme
Na vontade da robusta força regeneradora
Fazendo do coração uma potência enorme.
O meu relato velado é a força do que cativo
Cativaste-me diuturnamente por vários anos
Osculaste-me soturnamente como o motivo
Na realidade indelével dos amores profanos.
Na angulação da tua tez, sinto a trepidação
De que o cheiro que sinto é além da olfação
A certeza de que há o além nesta realização
Os teus carinhos me sugerem a reencarnação.