CAMPOS

Desertei a guerra;

atravessei serras

só para encontrar-te,

no intento de desposar-te.

Não quis dar a minha vida a Cruzada,

mas quis dar-te, minha bem-amada!

Foi por isto que eu desertei,

pois para chegar-te, muito campeei.

Fundaremos um novo país nestes campos brancos!

O castelo ficará alicerçado nestes campos medievais.

Ninguém nos causará horror e espanto,

e nem seremos vítimas das injustiças sociais.

Não sei se foi uma covardia minha,

mas não quis mais ver-te sofrendo sozinha!

Enquanto o nosso amor não estivesse restaurado,

os campos não iriam produzir!

Mas já que os frutos deste, no caminho têm-me alimentado,

as chuvas más já podem sair.

- Gabriel Eleodoro

Rio de Janeiro, 12 de outubro de 1999.

Gabriel Eleodoro
Enviado por Gabriel Eleodoro em 06/01/2016
Código do texto: T5501668
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