Despertar
Ouço os primeiros sons da manhã!
Abro os olhos outra vez,
A nevoa úmida me diz bom dia,
Ao fitar-me na moldura da janela!
Componho-me e a meus pensamentos,
Olho-me mais uma vez no espelho,
Há um inicio de brilho em meu olhar!
Já é outono e a ladeira em curva,
Ladeada toda do que já foram flores,
Conduz-me onde a visão não vê,
Onde minha alma imagina encanto,
Onde meus olhos imaginam luz!
A neblina intensa vai se dissipando,
E o vento fresco que vem do sul,
Pega-me devaneando, em direção ao cais!
Já posso ver nitidamente as montanhas,
Que parecem sombras, buscando o céu,
Sombreando o mar que era azul,
Vendo o dia nascer, vendo a vida chegar!
Nesta aquarela de surreal beleza,
Com brilho intenso em meu olhar,
A dois centímetros do meu rosto,
Vejo seus olhos a me procurar!