A um amor

Flagrou meu coração

em trapos,

tumultuado pelo pensar.

No grito que ecoa dele:

“Não me deixe aqui, ao tempo

para que o tempo o mate!”

O tempo passa tão rápido,

que há de ter,

há de ter

algo ao fundo do peito!

Algo que se valha a pena esperar.

Mas não!

Não quero te esperar!

Quero aos meus braços,

para gritar aos pessimistas

o quanto te amo!

Quero, aos berros,

ver teus olhos,

explodir meu peito aos simplórios.

Jogando os trapos ao ar!

Vou ensurdecer a todos,

de tantas ofensas ao cotidiano,

vou buscar o que perdi!

Vou lhes mostrar os delírios,

os pensamentos desajeitados,

de quanto a quero!

Vocês ouvirão!

E a você, amada.

Não me diga até logo, como o poeta o fez.

Não quero me afastar de ti!

Fabiano (Maicha)
Enviado por Fabiano (Maicha) em 19/12/2015
Código do texto: T5485356
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