A um amor
Flagrou meu coração
em trapos,
tumultuado pelo pensar.
No grito que ecoa dele:
“Não me deixe aqui, ao tempo
para que o tempo o mate!”
O tempo passa tão rápido,
que há de ter,
há de ter
algo ao fundo do peito!
Algo que se valha a pena esperar.
Mas não!
Não quero te esperar!
Quero aos meus braços,
para gritar aos pessimistas
o quanto te amo!
Quero, aos berros,
ver teus olhos,
explodir meu peito aos simplórios.
Jogando os trapos ao ar!
Vou ensurdecer a todos,
de tantas ofensas ao cotidiano,
vou buscar o que perdi!
Vou lhes mostrar os delírios,
os pensamentos desajeitados,
de quanto a quero!
Vocês ouvirão!
E a você, amada.
Não me diga até logo, como o poeta o fez.
Não quero me afastar de ti!