POEMA DA VERDADE

E a história se repete tal qual um filme anteriormente passado e revisto.

Personagens covardes, agressores e despudoradamente insinceros. Palavras. Que palalavras? Que essência os lábios pronunciam, se nesses próprios lábios não cabe nem um sorriso?

Que lábios? Que beijos? Que desprezo!

Que garganta é essa que agride tanto e não sabe cantar?

Que canto é esse que quando mais lindo se encontra, mais cala?

Que silêncio! Que covardia! Que silêncio!

Silêncio, berro engasgado, engasgo podre que rasga a alma e agride o beijo a portas fechadas.

Que portas? Que beijos? Cadê a fechadura dessa verdade que a boca esconde e os olhos lamentam?

Cadê a lamentação, cúmplice da felicidade? Como vou buscar o desabafo, se ele é cada vez mais abafado e distante do que ofereço?

E é assim que o meu rosto se fecha.

E é assim que a história se repete...

Fernando Varela
Enviado por Fernando Varela em 11/12/2015
Reeditado em 11/12/2015
Código do texto: T5477268
Classificação de conteúdo: seguro