POEMA DA VERDADE
E a história se repete tal qual um filme anteriormente passado e revisto.
Personagens covardes, agressores e despudoradamente insinceros. Palavras. Que palalavras? Que essência os lábios pronunciam, se nesses próprios lábios não cabe nem um sorriso?
Que lábios? Que beijos? Que desprezo!
Que garganta é essa que agride tanto e não sabe cantar?
Que canto é esse que quando mais lindo se encontra, mais cala?
Que silêncio! Que covardia! Que silêncio!
Silêncio, berro engasgado, engasgo podre que rasga a alma e agride o beijo a portas fechadas.
Que portas? Que beijos? Cadê a fechadura dessa verdade que a boca esconde e os olhos lamentam?
Cadê a lamentação, cúmplice da felicidade? Como vou buscar o desabafo, se ele é cada vez mais abafado e distante do que ofereço?
E é assim que o meu rosto se fecha.
E é assim que a história se repete...