Amor de vício
Assumo!
Não me curei
daquele amor doentio,
vício que tantas vezes se riu e,
no auge da dependência,
internou-me meses a fio
num coração corrompido que viu
na secura da abstinência
a circunstância perfeita
para me ter mantido
num ciclo severo, redundante:
ser do que cura a receita
mas também ser traficante.
Assumo! Não me curei. Poderia...
Quem sofre de vício e de amor
canta a vitória dia após dia.