Reforma Intima

. . . Então ele pediu que ela desnudasse sua alma

Que a lavasse nem que fosse com lágrimas

Que aceitasse que o passado morreu

Que parasse de insistir no longo velório

Que parasse de velar o fardo pesado do que não existia mais

Que encarasse os fantasmas de frente . . . Olho no Olho . .

Ela assim fez sua reforma . . . Com o peso de quem está refém

Como nunca houvera feito

. . . Então ele pediu que ela desnudasse seu corpo

Que o soltasse com um sorriso nos olhos

Que aceitasse que a vida renova

Que continuasse insistindo nela

Que iluminasse os dias que agora existirão

Que encarasse a realidade de frente . . . Olho no olho . .

Eles assim fizeram amor . . . Com a leveza de quem está livre

Como sempre faziam antes

Almir D'Antonio

PoetaDan
Enviado por PoetaDan em 04/10/2015
Código do texto: T5404435
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