MENTIRAS DE BALCÃO
MENTIRAS DE BALCÃO
Encontro, por caminhos onde ando e são meus,
horas, de ti , vazias e momentos pontiagudos ,
profundamente a machucar-me a alma e o coração!
As vias, ruas, estradas, têm-me amedrontado
com a ausência vestindo de negro os fantasmas teus!
Quando dizes-me, volto logo!
Não reconheço o verbo, a concordância e o tempo
pois sei que persistes, em mentiras que revogo
das leis do amor que um dia, crendo, me juraste!
Como que um trem sem destino, sigo o trilho
à minha frente, sem saber se estaciono na próxima
estância ou na realidade, será a última estação!
Não te quero mais dar ilusões, quanto minha estima,
nem tão pouco acreditar na tua exortação!
O ponto final chegou comigo, além de sinal pontuação
é também o final, em ponto, de um amar tão irônico!
Veste a tua mascara de linda e doce canção
e vá cantar mentiras em outro balcão!
Eugênia L.Gaio-26/09/2015