NA ETERNIDADE DO VENTO
NA ETERNIDADE DO VENTO
Há como que um frescor pela noite afora!
O vento, quase briza, brinca com miúdas
folhas caídas durante um arroubo do ar!
Ouço sons longínquos de vidas, divididas
entre as esquinas, os bares e as colunas
dos templos de nossas vidas!
A noite, companheira de todas as histórias,
caminha vagarosamente pelas madrugadas,
dentro dos corações aturdidos, dos amores
desconhecidos e das loucas volúpias
dos amantes perdidamente apaixonados!
Sobre, então, as almofadas do tempo
recostada, aprecio as horas, seus minutos,
seus dez segundos e penso:
como seria viver na eternidade do vento?
Eugênia L.Gaio-15/09/2015