ESTRANHO CAMINHANTE
De onde vens, estranho caminhante
com esta rosa azul para me dar?
será do seu sagrado altar
onde Allah, seu Deus e o meu Deus
Têm a mesma onipotência,
a mesma onisciência?
Eu quero ver sua alma,
eu quero ter sua alma,
escrever meu nome na pele de sua alma
em SÂNSCRITO, a linguagem sagrada,
com a flor da espada mágica
que nem o tempo, nem a força
têm poder para apagar.
Você me disse enlevado:
_"Eu amo sua poesia e amo você também"
Amar é sentir no peito
a dor que fere, mas não mata.
È morrer sem ter morrido,
ver o céu com seus cristais
nas coisas mais simples e banais.
Amar é cair do espaço
num lago desconhecido
encontrar no fundo um abraço
e um calor nunca sentido.
_Eu amo você com todas suas tendências
e reticências...
seu modo de me dizer:
"Caro amor da manhã"
Sinto falta de você, meu querido"
Eu estou no seu amor, eu cai no seu amor."
Caímos os dois num só amor.
Não sei quando este pulsar tão diferente
veio rolar nas minhas veias incandescentes
e trazer de tão longe o fervor
de um muçulmano que me ensinou
a amar como nunca amei na minha vida.
E veio chegando de mansinho
me chamando de Amor,
me chamando de Rainha.
Nas palavras tal afeto,
tal carinho, tal doçura...
Vida...Vida...Vida minha!