"MÃOS SEDENTAS, MACIAS..."

Trago-te minhas mãos vazias

sedentas, macias

que procurarão teus segredos

enquanto te beijo, ou...

até que tomemos a forma do desejo

na obsedante e lúgubre escuridão

fico parado, pasmado, logo, me desalinho

ouço leve rumor de roupa, a cair no chão...

você se despindo, tão devagarinho

que a luz transcendente e inconfundível, se refaz

multi colorida e expectante

num clima harmonioso e absorto

o ambiente, de repente, fica lilaz

e num ritual sereno de amor

eu acaricio suavemente teu desnudo corpo

que já em tempo, me espera

arrepiado, leve e delirante...

René Cambraia
Enviado por René Cambraia em 20/06/2007
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