BRILHO NOS OLHOS

Quando o brilho

Nos olhos

Apaga

A vida vira

Sobrevida

Quando não há

Mais um motivo

Pra se manter vivo

Então o ser

Vegeta

Dai fica

Um gosto

Amargo na boca

Sempre sem ter

Esperança

Procura-se

Um termo

Pra que o enfermo

Passe bem

Distante

Faz-se um ato

Que nem aparece

No fim dos contratos

Buscam-se

Culpados

Nem mesmo

Assim desfeito

A pena de quem

Cometeu

Destratos

Espira

O ar que se respira

E não afeta

Apenas acerta

O alvo

Um brilho

Nos seus olhos

Curam, procuram

Quem pede

Socorro

Mas à prima

Assinalada

Do seu sorriso

Faz-me, de novo

Menino

Corro em bola

Subo em muro

Pulo em cima

Você se faz

Menina

E o brilho

Um ponto apenas

No breu

Parece mais

Um dia de sol

Basta-me apenas

Que esses poemas

Façam contigo

O bem que

Você me faz

E assim mesmo

Feito a esmo

Torno-me homem

Apenas, sem norte

Carente

Com os teus

Agrados

Mais contente

Repasso aos olhos

Um brilho forte

São Paulo, 01 de maio de 2007.