*POR AÍ
Não sei se o tempo tem a força
de apagar o que a lembrança sente,
de domar o pensamento, o sonho,
de arrancar da terra a semente.
Mas o desejo vaga por aí, vazio.
Ora faz da vida uma ventura, ora
na defesa roça a emoção discreta,
e o coração palpita sem desforra,
grita no silêncio, nas entranhas, e
ao perceber teu olhar vidente,
o sorriso maroto que se perde aqui
tem a certeza que nunca sai da mente.
Não sei se o tempo tem a força
de apagar o que a lembrança sente,
de domar o pensamento, o sonho,
de arrancar da terra a semente.
Mas o desejo vaga por aí, vazio.
Ora faz da vida uma ventura, ora
na defesa roça a emoção discreta,
e o coração palpita sem desforra,
grita no silêncio, nas entranhas, e
ao perceber teu olhar vidente,
o sorriso maroto que se perde aqui
tem a certeza que nunca sai da mente.