MISTÈRIO
Abro-me na página 86
Leio a ansiedade que arrepia os poros
Está lá escrito que meu vôo solitário
Esta por acabar e que já não demoro
Sou um descobridor de mim, meu vôo é cego
Busco o que somente vive na ilusão
E no alto de minha incredulidade
Sigo só, mudo, surdo e sem razão
Experimento então a sensação da liberdade
De voar pelos extremos que permite o coração
Nos desertos inóspitos da minha exterioridade
Onde as brumas da vida esconde a paixão
Somente lá descubro com perplexidade
O mistério do amor que nunca entendi
De que não tive, nem vivi a felicidade
Simplesmente porque de amor nunca morri