MISTÈRIO

Abro-me na página 86

Leio a ansiedade que arrepia os poros

Está lá escrito que meu vôo solitário

Esta por acabar e que já não demoro

Sou um descobridor de mim, meu vôo é cego

Busco o que somente vive na ilusão

E no alto de minha incredulidade

Sigo só, mudo, surdo e sem razão

Experimento então a sensação da liberdade

De voar pelos extremos que permite o coração

Nos desertos inóspitos da minha exterioridade

Onde as brumas da vida esconde a paixão

Somente lá descubro com perplexidade

O mistério do amor que nunca entendi

De que não tive, nem vivi a felicidade

Simplesmente porque de amor nunca morri

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 16/06/2007
Reeditado em 19/10/2018
Código do texto: T528823
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